ALGUNS NÚMEROS DO PRIMEIRO TURNO

Os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral nos permitem uma série de análises e comparações sobre as eleições deste ano. Por ora, foquemos as disputas proporcionais. Em relação à corrida pela Câmara Federal, que reelegeu cinco dos doze deputados, o quociente eleitoral foi de 162.728 votos. O PMDB, partido com mais candidatos (doze), obteve – disparado – a maior votação total. Somando os sufrágios nominais e de legenda, couberam à sigla 713.788 votos, o que quer dizer que o partido, que fez cinco federais, sozinho, elegeria pelo menos quatro.

Em seguida, vem o PSDB (que elegeu dois federais), com 270.713 sufrágios; o PT, com 189.494; e o DEM, com 169.062. Apenas estes partidos somaram votos suficientes para eleger ao menos um representante por conta própria. Por outro lado, quinze partidos, mesmo juntos, não conseguiriam fazer um federal sequer: PTB, PRB, PPS, PMN, PSOL, PC do B, PRP, PHS, PV, PSL, PTN, PCB, PSTU, PT do B e PCO. Reunidos, somaram apenas 145.440 votos.

O PMDB também liderou a lista de deputados estaduais, com o maior número de candidatos, de sufrágios recebidos e de eleitos. Foi de 486.924 o somatório dos votos de legenda e nominais recebidos pelo PMDB. Como o quociente para a Assembleia Legislativa foi de 55.151 votos, o partido poderia eleger, sozinho, pelo menos os oito deputados estaduais que fez.

Em seguida, vem o PSDB, com 208.226 votos (sozinho, faria 03 estaduais; fez 04); o DEM, com 196.306 (faria 03; fez 04); e o PSB, com 184.766 (faria, só, os mesmos 03 que fez em coligação). PT, PSC, PSL, PTN, PPS, PTB e PDT, cada um por si, atingiu o quociente para eleger ao menos um representante por conta própria. Ainda quanto à disputa pelas 36 cadeiras da Casa de Epitácio Pessoa, nove partidos, mesmo juntos, não conseguiriam eleger ao menos um parlamentar. São eles: PC do B, PSDC, PSOL, PCB, PRTB, PMN, PHS, PV, PCO. Os nove, reunidos, somaram apenas 37.086 votos, ou seja, 18.429 a menos que o quociente eleitoral.

Armadilha

Dizem que o deputado federal Armando Abílio, ao presidir o PTB estadual com mão de ferro, cavou a própria cova. Candidato único do PTB, Armando teve apenas 60.660 votos, não conseguindo emplacar o quinto mandato na Câmara Federal.

Casa dividida

Religiosos, mas rivais na política, Walter Brito Filho (PPS) e Walter Brito Neto (PRB), que disputaram mandatos na Câmara Federal, ficaram quase empatados, com votações bem aquém do que sonhavam obter. Walter Filho, com 7.433 votos, foi só o 29°; Walter Neto, com 5.202, ficou na 32ª colocação. Em 2006, Neto recebeu 12.934 votos.

Mulheres na Assembleia

A representação feminina na AL é pequena, saltou de 04 para 06 deputadas. Mas, parte delas atua como peça da estratégia política do marido. Caso de Eva Gouveia (PTN), esposa do deputado federal e candidato a vice-governador Rômulo Gouveia.

Demais eleitas

Gilma Germano (PPS), mulher do prefeito de Picuí, Buba; Léa (PSB), (primeira mulher prefeita de Guarabira) esposa do deputado Zenóbio Toscano; Francisca Motta (PMDB), eleita para o quinto mandato; Olenka Maranhão (PMDB), reeleita, sobrinha do governador; Daniella Ribeiro (PP), vereadora, filha do ex-deputado Enivaldo Ribeiro.

Câmara Federal

Há quem acredite, erroneamente, que Nilda Gondim (PMDB) é a primeira mulher a ser eleita deputada federal pela Paraíba. Vale lembrar de Lúcia Braga, que elegeu-se em 2002.

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