ANTES DE DORMIR, REPUBLICO A POESIA 'MADRUGADA INSONE'


Mortas madrugadas insones
Uma música triste rasga o silêncio
E a guerra ecoa em alvoroço
- Guerra em mim

Há uma combustão de sentimentos
Há um paradoxo de sonho e desencanto
Há um grito que não ressoa
Há uma lágrima que não cai
Há palavras que me fogem

Nada cabe no descritível
Uma nota aguda – torpor
A alma que se comove

Quero o pranto de acalento
Quero lavar a angústia com as lágrimas
Quero bradar aos céus
Quero uma pena de termos inefáveis
A gravar no papel minh’alma

Nada! A música cessa
O silêncio reverbera suas notas graves
A tristeza, a guerra, o grito, a lágrima
Ao nada!
Aos sonhos, aos desencantos
Às noites, às madrugadas vindouras
Às notas tristes de uma canção sem nome.

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Lenildo Ferreira

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