
A compra de votos é uma realidade deplorável, mas ainda freqüente no Brasil como um todo. E por aqui não é diferente – a não ser que seja diferente por talvez ser pior. Quem disputa as eleições reclama da compra de votos. A Justiça tenta combater a compra de votos. E a compra de votos continua, como uma praga, uma erva daninha que não se consegue matar, por mais que se combata. Chama a atenção o fato de todo político reclamar do alto custo das campanhas, dos candidatos potentados, dos ricaços que se apoderam do eleitorado por meio de atos ilícitos. Chama a atenção porque todo político reclama, até mesmo aqueles que são potentados e compram eleitores.
No discurso, todo candidato é um pobre, fazendo uma campanha franciscana. Chega a dar pena. No discurso, todo candidato é um moralista político, condenando com veemência a venalidade do processo. Chega a dar esperança. Mas muitos discursos, muitos mesmo, não condizem em nada com a prática. Comprar eleitor no varejo não é difícil e nem tão caro. É quase como banana na feira. Mais custoso é comprar no atacado, comprando prefeitos, vereadores, lideranças políticas, donos de partidos e qualquer indivíduo que tenha ascendência sobre algum grupo. O pior é que todo o investimento vislumbra um lucro. Logo, quem paga para se eleger prevê a vantagem que, eleito, auferirá. Para dano e prejuízo público, ou seja, de todos.
Sem surpresas
O vereador do PDT Marcos Raia estará oficialmente na bancada do prefeito Veneziano Vital do Rêgo na Câmara Municipal, a partir desta semana. Isso era previsto há muito tempo. Assim como Rodolfo Rodrigues (PR). Falta Inácio Falcão (PSDB).
O preferido
O governador José Maranhão não esconde a preferência pelo candidato a senador Wilson Santiago (ambos do PMDB). Na última semana, Maranhão rasgou elogios a Santiago, durante encontro com representantes do setor de construção civil. O governador exaltou o trabalho do deputado federal, e o chamou de “parceiro”.
Pergunta
Teria mesmo o PT lançado a candidatura de Jeová Campos a deputado federal para prejudicar Luiz Couto, como “dizem”? Tal questionamento foi feito ao suplente de vereador em exercício Perón Japiassu, candidato a deputado estadual.
Resposta
“Não! Foi para fazer um deputado que siga as orientações do partido, com quem a gente possa contar”, respondeu Perón. Outra pergunta: Então, não dá para contar com Luiz Couto? A resposta: “Eu, pelo menos, nunca contei. Nunca votei em Luiz Couto até hoje, e não será hoje que vou votar. Tenho minhas particularidades para tanto”.
Apoio eclesiástico
A igreja Verbo da Vida de Campina Grande fechou apoio com o candidato a deputado federal pelo PMDB Fernando Carvalho, após reunião na própria sede da denominação.
Comemorando
O próprio Fernando Carvalho comemorou o acerto: “Foi oficializado ontem em reunião na sede do Ministério Verbo da Vida o apoio daquela instituição a nossa candidatura”.
Assembleia de Deus
Já a maior Assembleia de Deus de Campina Grande deverá ter como candidatos oficiais o Pastor Philemon (PR), a deputado federal, e Jacó Maciel (PDT), a deputado estadual.
Trabalheira
Candidatos do segmento evangélico que não são agraciados com o apoio oficial das denominações reclamam e a Justiça Eleitoral deverá ter trabalho para combater excessos.
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Publicado no Diário da Borborema de 01 de agosto de 2010
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