Há um velhíssimo ditado popular que, com muita propriedade, diz que “jumento carregado de açúcar, até o rabo é doce”. O aforismo, embora aparentemente simplório, é uma das mais elementares regras da prática política, sobretudo durante períodos de campanha eleitoral, como o que estamos vivenciando agora. Quando se tem o poder, o governo, a máquina, ainda mais quando os índices de popularidade estão em alta, atrai-se muitos amigos e admiradores. Todo candidato quer posar na foto sorridente, ao lado de uma referência maior, que passe ao Zé Povão a ideia de que são amigos, amigos íntimos, companheiros de um projeto em comum.
É assim que, em época de campanha, todo candidato a vereador quer uma foto, embora montada, em que apareça lado a lado com o prefeito; todo candidato a deputado imprime um santinho ladeando o governador; todo candidato a governador esforça-se para aparecer no guia eleitoral junto com o presidente. É a busca do voto indireto, plenamente em voga nestas eleições. Todo mundo quer ser o amigo do rei, o amigo de Lula. Todo mundo na Paraíba quer montar o palanque de Dilma Rousseff. É um tal de Lula lá, Lula cá, Lula pra lá, Lula pra cá... Todo mundo querendo tirar uma lasquinha da exuberante popularidade do presidente da República. Dilma é só o pretexto necessário.
Faz lembrar o refrão do jingle de campanha do presidente em 2006. “São milhões de lulas povoando esse Brasil”, dizia a canção. Aqui na Paraíba, José Maranhão é um desses milhões de lulas; Ricardo Coutinho, mais um; Vitalzinho, outro... São dezenas de “lulas” povoando essa Paraíba! Mas, embora em menores proporções, já foram milhões de “fernandos” (Henrique Cardoso) pelo Brasil, até mesmo milhões de outros “fernandos” (Collor de Melo). Agora, é a vez de todo mundo querer ser a voz rouca de Lula. E haja “companheiros!”. O aforismo do jumento de rabo doce pode ser resumido em um termo comum na política: oportunismo.
É assim que, em época de campanha, todo candidato a vereador quer uma foto, embora montada, em que apareça lado a lado com o prefeito; todo candidato a deputado imprime um santinho ladeando o governador; todo candidato a governador esforça-se para aparecer no guia eleitoral junto com o presidente. É a busca do voto indireto, plenamente em voga nestas eleições. Todo mundo quer ser o amigo do rei, o amigo de Lula. Todo mundo na Paraíba quer montar o palanque de Dilma Rousseff. É um tal de Lula lá, Lula cá, Lula pra lá, Lula pra cá... Todo mundo querendo tirar uma lasquinha da exuberante popularidade do presidente da República. Dilma é só o pretexto necessário.
Faz lembrar o refrão do jingle de campanha do presidente em 2006. “São milhões de lulas povoando esse Brasil”, dizia a canção. Aqui na Paraíba, José Maranhão é um desses milhões de lulas; Ricardo Coutinho, mais um; Vitalzinho, outro... São dezenas de “lulas” povoando essa Paraíba! Mas, embora em menores proporções, já foram milhões de “fernandos” (Henrique Cardoso) pelo Brasil, até mesmo milhões de outros “fernandos” (Collor de Melo). Agora, é a vez de todo mundo querer ser a voz rouca de Lula. E haja “companheiros!”. O aforismo do jumento de rabo doce pode ser resumido em um termo comum na política: oportunismo.
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Publicado no Diário da Borborema de 16 de julho de 2010
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