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É impressionante, mas ainda vivemos, em nossos dias, e não somente nas cidades menores do interior do Estado, absurdos alarmantes como estes dois exemplos, pequenos exemplos de um rosário quase sem fim que podíamos desfiar aqui. Emblemas de uma política da vergonha, sórdida, mesquinha, ignobilidade típica do horrendo coronelismo que ainda encontra lugar no Nordeste, mormente na Paraíba. O chicote dos coronéis hodiernos é a caneta; por capangas, têm assessores; não tira as terras dos pobres, como outrora, mas lhes expulsa do emprego; não dá tapa na cara, mas humilha e avilta pelos mecanismos mais sórdidos.
São os novos coronéis, desgraça de uma terra em que o sobrenome ainda pode muito, pode demais, pode quase tudo. A política no Brasil precisa, com urgência urgentíssima, de uma profunda reforma. Na Paraíba, não. Aqui, o jeito parece ser por tudo abaixo e começar de novo! Não podemos mais admitir a política da politicagem, os governos do medo, as campanhas do horror. É preciso defenestrar os coronéis, tomar-lhes o chicote, dizer com gestos e ações efetivas que esta terra não admite mais que o passado seja presente, porque quer e precisa avançar rumo ao futuro! Afinal, a Paraíba nunca poderá desenvolver-se e fazer-se grande enquanto mantiver uma política pequena.
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