NA FRENTE DE COMPUTADORES, COVARDES, BABÕES E AFINS ESCULHAMBAM JORNALISTAS. E OS JORNALISTAS SÃO AS GENIS DA PARAÍBA

Sempre tem alguém disposto a xingar os jornalistas. O jornalista é burro, o jornalista é comprometido, o jornalista é vendido, o jornalista é desinformado. Xingar jornalista, principalmente aqui na Paraíba, é mais que uma moda. É quase uma tradição, uma obrigação, uma profissão de fé.

O danado é que, na maioria das vezes, quem condena a suposta parcialidade do jornalista é algum puxa saco de político, daquele que mata e morre pelo deputado Fulano, o vereador Sicrano, o governador Barnabé. É, portanto, o cara que vota inquestionavelmente em seu candidato, mesmo que ele seja incompetente, mesmo que ele seja burro, mesmo que ele seja corrupto. E se acha, mesmo assim, no direito de ofender os jornalistas.

Outro caso comum é o dos anônimos, gente que liga para as rádios, manda e-mail, comenta nos sites e blogs, quer sob um nome falso, quer sob nome nenhum. Mas se acha no direito de condenar quem, nessa Paraíba sem a menor liberdade de imprensa, em que manifestar opinião é pôr o pescoço à disposição do carrasco, ousa dizer o que pensa.

Aqui no blog, vez por outra aparece uma crítica, claro. Nada mais normal que a discordância. O que, na maioria das vezes, inviabiliza a liberação do comentário crítico é o nível do comentário, muitas vezes permeado de ofensas e xingamentos. É que tem muita gente que acha que a melhor forma de responder uma crítica de um jornalista é esculhambando com ele.

Dia destes, após publicar uma postagem criticando a elitização das honrarias concedidas pela Câmara de Vereadores, algum internauta muito ofendido registrou seus impropérios, dos quais não me dei ao trabalho de ler mais que as primeiras quatro ou cinco palavras e deletei. Provavelmente seria algum parente de homenageado, ou mesmo algum xeleléu de vereador.

Se argumentasse feito gente, o espaço estaria garantido. Mas não sou e nem quero ser o cara mais paciente, cabeça fria e moderado do mundo, para agüentar desaforo de ninguém. Sou jornalista, e busco pautar-me pelos princípios éticos em que creio. Mas, primeiro, não reconheço em ninguém a autoridade para estabelecer quais são esses critérios éticos e, segundo, antes de ser jornalista, sou homem, e não sou dos mais pacíficos.

Veja-se, por exemplo, um caso que liberei o comentário. Está na postagem do dia 02 de maio (veja AQUI). Comecei o texto assim: “Então secretário de Cidadania e Administração Penitenciária, Roosevelt Vita, um dos "chegados" do governador José Maranhão, em agosto do ano passado ofendeu os moradores dos bairros Catolé (...)”.

Pois bem, um certo internauta, assinando Roma Assessoria, comentou assim: “O analfabeto parece ser você pois esse senhor não é mais secretario de cidadania e justiça infome-se jornalistarzinho (sic)”. O nível ortográfico já diria que trata-se de uma autoridade em analfabetismo. Tive de responder ao comentário: “Caro ANALFABETO, você leu em algum lugar daqui "cidadania e justiça"? Caro IMBECIL, você não viu logo na primeira palavra do texto um "ENTÃO"??? Esse "então" significa que ele foi (secretário de administração penitenciária), e não é mais. Você, sim, Vita pode chamar da analfabeto”.

Somos jornalistas, mas somos homens, e não lixeira para que toda a sorte de imbecil vomite seus atrevimentos, aproveitando-se do fato de não estar cara a cara conosco.

2 Comentários

Edson Pereira disse…
Lenildo, concordo em número, gênero e grau, pois alguns acefalos pagos com recursos públicos, vivem a bajular sem discutir, mas acima de tudo são analfabetos de desejos e vontades.

Edson Pereira
João Genarte disse…
Prezado Lenildo. Concordo plenamente com o seu comentário. MAs é importante lembrar que a livre manisfestação é necessária. A consciência dos homens de bem filtram as maldades e incapacidades dos que se aproveitam das novas tecnologias para denegrirem a imagem dos jornalistas. Importante é entender que o bom profissional é invejado e perseguido. Parabéns pelo seu talento e coragem. Abraço.

Genarte