NOVO VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE 'EMPOBRECEU' R$ 131 MIL EM APENAS DOIS ANOS

Desde as eleições de 2006, é possível a qualquer pessoa acessar pela internet a declaração de bens que os candidatos a cargos eletivos apresentam à Justiça Eleitoral, por meio do sítio do Tribunal Superior Eleitoral. A partir de tais dados, comparando declarações de quem foi candidato naquele ano e também em 2008, é possível encontrar vários casos estranhos, de gente que, em apenas dois anos, enriqueceu ou empobreceu substancialmente.

Um desses casos é justamente o de José Ribamar Alves de Oliveira (PT do B), suplente de vereador na Câmara de Campina Grande, que assume o mandato com a ida de Cassiano Pascoal (PSL) para a chefia de gabinete da Prefeitura Municipal.

Em 2006, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral, mostrados na imagem acima (clique sobre a figura para ampliá-la), Ribamar, então candidato a deputado estadual pelo PMDB, declarou à Justiça possuir bens que, somados, totalizavam um valor de R$ 131 mil. Pequeno empresário do ramo calçadista, ele relacionou como bens:

* 01 consórcio em andamento de uma moto marca Honda, modelo XR 250 TD, com valor calculado em R$ 11 mil;
* 01 casa na rua Maria de Lourdes Crispim, 236, bairro de Bodocongó, avaliada em R$ 60 mil;
* 01 terreno de 10m x 32m, localizado na rua Bacharel Almirante Barreto, S/N, no mesmo bairro, com valor estimado em R$ 10 mil;
* 01 veículo marca Chevrolet, modelo S10 4x4 cabine dupla, ano 2001, placas MYE 5357, então avaliado em R$ 50 mil.

Com uma candidatura que objetivava apenas marcar terreno e manter-se na mídia, Ribamar obteve 3.560 votos, ficando longe da possibilidade de ser eleito.

Passados dois anos, já pelo PT do B, Ribamar, assim como fizera em 2004, disputou a eleição para a Câmara Municipal, recebendo 1.894 votos, que lhe renderam a primeira suplência. Não entrou direto porque seu companheiro de partido, Laelson Patrício, superou-lhe a votação em 234 sufrágios. Agora, porém, com o remanejamento de Cassiano, Ribamar realiza o sonho de ser vereador.

Comparando a declaração de bens de Ribamar em 2006 e em 2008, observamos que o novo vereador empobreceu, porque, enquanto na primeira ocasião apresentava inventário totalizando R$ 131 mil, apenas dois anos depois informava à Justiça Eleitoral "não possuir bens a declarar", conforme a imagem abaixo (clique sobre a figura para ampliá-la).

Talvez explique o empobrecimento do novo vereador o teto de despesas de campanha que ele apresentou à Justiça em 2006, da ordem de R$ 450 mil – mas, vale lembrar que esse dado indica o limite máximo do que o candidato se propõe a gastar na campanha, e não necessariamente o quanto gastaria.

Agora, se Ribamar der a sorte de Cassiano manter-se no secretariado do prefeito até o fim da legislatura – o que é improvável – poderá, talvez, com o salário de vereador de todo o período (descontados os tributos), pelo menos recuperar o que perdeu entre 2006 e 2008.

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