FAMÍLIA RECONHECE CORPO ERRADO NO IML DE CG. CADÁVER FOI SEPULTADO E TROCA AGORA SÓ COM AUTORIZAÇÃO DA JUSTIÇA

Em três dias, da sexta-feira (06) ao domingo (09), 26 corpos foram necropsiados no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande (Numol, foto ao lado), órgão ainda conhecido pela antiga sigla IML (Instituto de Medicina Legal). O Núcleo, que atende à demanda do compartimento da Borborema, há quase dois anos tem recebido, também, os corpos de toda a região do sertão, em virtude do não funcionamento do Numol de Patos, que está praticamente paralisado por falta de médicos.

Dentre os 26 cadáveres do fim de semana, quatro eram de homens mortos na troca de tiros com a Polícia Federal em Alagoa Nova, quando tentavam arrombar uma agência do Banco do Brasil. Dos quatro, três eram do vizinho estado de Pernambuco.

No sábado, irmãos de Renaldo de Assis, um dos assaltantes mortos, estiveram em Campina Grande para reconhecimento e liberação do corpo, que foi entregue e transladado para Pernambuco, onde foi sepultado, precisamente no município de Jaboatão dos Guararapes.

Ocorre que, no dia seguinte, foi a vez da família de outro morto no confronto com a polícia, Antônio Carlos Rosene de Menezes, também pernambucano, requerer seu cadáver para sepultamento. No momento do reconhecimento, porém, veio a surpresa desagradável: o corpo na geladeira do Numol não era de Antônio Carlos. Após breve investigação, foi constatado que tratava-se de Renaldo de Assis, estando Antônio Carlos enterrado em seu lugar, em Jaboatão.

O caso será apurado pela direção da entidade. De qualquer forma, funcionários de uma funerária de Campina Grande, que deram assistência à funerária de Pernambuco que transladou o primeiro corpo, afirmaram à direção do Numol que um irmão de Renaldo teria reconhecido equivocadamente o cadáver, o que corrobora a versão dos funcionários da entidade. A confusão poderia ter se dado pelo estado de degeneração do corpo, embora o processo estivesse em fase inicial, permitindo o reconhecimento visual.

Agora, para que o corpo de Antônio Carlos seja exumado e a troca corrigida, será necessária autorização da Justiça de Pernambuco. Enquanto isso, o cadáver de Renaldo de Assis permanece no Numol.

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