BANDIDOS DERAM O RAPA NA SEDE DE 'A PALAVRA' E NA CASA DO JORNALISTA MARCOS MARINHO

Deu em A Palavra Online:

A sede d’A PALAVRA, no bairro Itararé, em Campina Grande, próxima ao novo albergue de presidiários da Secretaria da Cidadania e Justiçado Estado, foi devassada na noite-madrugada de ontem. Os meliantes levaram dinheiro e deixaram documentos e arquivos do jornal espalhados por todos os recantos.

Esta é a segunda vez que o fato ocorre, durante a existência do jornal. A primeira aconteceu em 2003 nas instalações que funcionavam na rua Dr. João Moura, no bairro São José.

Naquela ocasião os marginais arrombaram portas e cadeados em pleno meio dia, no intervalo do almoço, e nada levaram, caracterizando um atentado já que tentaram arrombar a sala do diretor Marcos Marinho e não conseguiram, certamente em busca de documentos combrobatórios de denúncias veiculadas pelo órgão ao longo daquele conturbado ano eleitoral.

A devassa de agora foi verificada pela manhã de hoje (26) quando empregados do jornal chegaram para o trabalho. Notificado, o diretor Marcos Marinho constatou o desaparecimento de R$ 3 mil que estavam no caixa da empresa, um aparelho de som e uma TV LCD de 42 polegadas. Os meliantes vasculharam gavetas e armários e deixaram todos os ambientes devassados.

CASA DE MARINHO

A sede d’A PALAVRA funciona na rua Severino Gonçalves de Menezes e ao seu lado, com entrada pela rua Emilio Chaves, encontra-se a casa do jornalista Marcos Marinho, diretor do jornal, que acabou também sendo alvo da investida dos marginais.

O prejuízo na casa foi bem maior, segundo Marcos. Dela, levaram todas as jóias da família, avaliadas em aproximadamente R$ 60 mil, uma coleção de uísques escoceses, um aparelho celular do filho Felipe, um aparelho de som e peças de roupa.

Marinho estava na praia de Carapibus, passando o final de semana com a esposa e os filhos que lá veraneiam e foi surpreendido logo cedo pela notícia.

Assim que verificou os estragos, Marinho dirigiu-se à Central de Polícia de Campina Grande para fazer os devidos registros, mas acabou deixando a ocorrência fora dos anais da polícia porque constatou o total desaparelhamento do Estado na área. "Lá na Central tinha apenas um esforçado escrevente, que me conhece mas nada pode fazer já que à minha frente estavam mais de trinta pessoas para atendimento", revelou.

Segundo Marinho, que tentou inúmeras vezes contato com o superintendente de Policia Civil, Ariosvaldo Adelino, inclusive procurando pelo mesmo no seu gabinete, tudo lá está entregue literalmente às moscas, a começar do prédio semi-destruído que abriga os policiais e pessoal administrativo.

"É de fato uma lástima, o que nós cidadãos constatamos na hora em que precisamos da ação institucional do Estado. O escrevente me disse que todos os outros seus colegas estavam em férias e até o superintendente, como me relatou uma servidora solitária que atendia no primeiro andar, talvez viesse na parte da tarde", disse Marcos Marinho.

Ante quadro tão desolador, que deixa o contribuinte realmente sem ter a quem recorrer, Marinho desistiu de registrar a ocorrência e providenciou um documentário fotográfico dos estragos, que segue postado a seguir.

"Espero que o meu amigo governador José Maranhão tome providências sérias em relação à área de segurança. Hoje fui eu, que sou um homem extremamente paciente e sobretudo desapegado às coisas materiais. Mas amanhã poderá ser até mesmo o Palácio da Redenção ou a Granja Santana os alvos da marginalidade", advertiu Marinho resignado em ter de arcar com os prejuízos do atentado.

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