COUTINHO DIZ QUE PMDB QUER O PODER PELO PODER, IRONIZA CONFIANÇA DE MARANHÃO E O ACUSA DE PERSEGUIÇÃO

O prefeito de João Pessoa e pré-candidato ao Governo do Estado, Ricardo Coutinho (PSB) rechaçou qualquer possibilidade de aproximação com o PMDB do atual governador José Maranhão. Segundo Coutinho, os peemedebistas só pensam naquilo, o poder, sem que, contudo, apresentem uma política séria e consistente para o desenvolvimento da Paraíba. "Nós estamos defendendo uma ideia central, em cima de três eixos: a democratização da gestão, o desenvolvimento da economia e a implantação de políticas públicas qualitativamente superiores. Nosso setor público está quebrado no Estado, a situação é péssima. E me parece que o PMDB não tem qualquer priorização para isso, não tem vontade política, quer apenas o poder pelo poder. E nós não podemos apoiar quem quer o poder pelo poder", declarou.

Sobre as palavras de Maranhão que, na semana passada, disse que já foi eleito várias vezes sem precisar do apoio de Ricardo Coutinho, o prefeito da Capital foi sarcástico. "De fato, quando ele ganhou, em 1998, não o apoiei. Porque em 1994, quem ganhou foi Antônio Mariz; em 2002, o candidato do governador (Roberto Paulino) perdeu; em 2006, o governador perdeu. Portanto, realmente, na única vez que ele ganhou, eu não o apoiei", ironizou, lembrando que, apesar dos três mandatos exercidos, Maranhão só foi eleito de fato uma vez.

Coutinho ainda continuou: "É claro que o meu apoio (em 2006) talvez não tenha valido nada. Acho que, talvez, se eu não tivesse o apoiado, a diferença em João Pessoa teria sido maior, afinal, a força do atual governador deve ser muito grande pelo Estado afora. Tanto é que ficam permanentemente plantando notícias, implorando para que eu seja candidato ao Senado na chapa deles. Imagina, quem não tem nenhuma força, ser tão bajulado. É uma demonstração muito clara da fortaleza e da convicção com que esse pessoal está tratando".

Ricardo Coutinho também destacou seu bom relacionamento com o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), e acusou Maranhão de interferência e perseguição. "Governei João Pessoa por quatro anos tendo um governador que, em duas eleições que disputei para prefeito, estava em outro palanque e, em nenhum momento, nós faltamos com o respeito mútuo. Em nenhum momento colocamos as instituições públicas para brigarem. Por isso mesmo, não admito o que acontece hoje em João Pessoa, onde, de fevereiro para cá, venho tendo uma interferência direta do Estado nos rumos do Município. Nunca vi isso, esse governo achando que ia fazer com João Pessoa como fez com outros municípios, onde foi tomar ambulância, tomar hospital, desfazer a política do SUS, tirar o pão e leite e colocar para os Detrans da vida. Isso é uma coisa que acho abominável, por isso o PSB se põe frontalmente contrário a esse tipo de expediente", concluiu.

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