OS NOVOS AMIGOS DE ZÉ

Deu em A Palavra Online, sob o título "Zé, ao lado de ex-inimigos em CG, diz que político gosta de mentir para jornalista" e, com certeza, vale a pena republicar aqui, com a devida licença de Marcos Marinho. Até porque, caros amigos, isso é o que se pode chamar de registro de um momento (e de uma realidade) histórica. Como diria Zé Cláudio, "vamos à matéria":

Abraçado e seguido em todos os momentos pelos seus mais ácidos críticos na mídia campinense nos últimos anos, todos indistintamente aparentando serem os seus mais "novos amigos de infância", José Maranhão (PMDB) circulou com invulgar desenvoltura sábado último nos salões do La Costa, o amplo espaço de eventos do ex-vereador tucano Ivan Batista em Campina Grande - também ele hoje um fiel correligionário e seguidor do governador - durante a festa patrocinada pelo Governo do Estado para comemorar com a imprensa e lideranças do Compartimento da Borborema o período natalino.

O pesado e inusitado "clima" que chegou a constranger alguns dos chamados aliados de primeira hora de Maranhão foi amenizado pelo próprio governador com um pronunciamento curto na hora em que João Pinto e Adelci Fernandes, organizadores do encontro, chamaram-no para agradecer a presença dos convidados.

- "Vou falar pouco, pois sei que jornalista só gosta de entrevista e odeia discurso", quebrou o gelo ao considerar que a festa, por ser informal, fazia parte do seu próprio modo de vida. "É o tipo de atividade que eu faço todos os dias e todas as horas durante a minha vida pública", explicou o governador.

Sob as vistas atentas de Massilon Gonzaga, mixto de forrozeiro, dono de rádio comunitária e homem de proa da era Cunha Lima; de Abílio José, esfuziante locutor de palanques do grupo adversário do Governo e apresentador que na própria festa fazia questão de explicar-se um "profissional" nem ‘limista’ nem ‘maranhista’; de Ubiratan Cirne, especial fã do bi-cassado Cássio Cunha Lima; de Celino Neto, ardoroso cronista social com DNA ‘limista’ hereditário; de Juarez Amaral (ao lado, com Zé), o radialista que mais chacotas fez de Maranhão ao longo dos últimos 10 anos, em serviço ao grupo adversário do governador atual, Maranhão mostrando mansidão chamou à sua culpa eventuais discrepâncias. "Eu digo sempre: quando um político está raivoso com um jornalista ele está no caminho errado". E explicou, em detalhes para lá de didáticos, que mesmo criticado o político precisa ter humildade "para saber fazer do limão uma limonada".

Na ponderada filosofia maranhista justificadora desse encontro com os inimigos da imprensa "a crítica merece sempre a oportunidade e o espaço para que possamos dar a nossa versão e desnudemos os fatos que, muitas das vezes, não são retratados com fidelidade porque faltava o conhecimento exato ao jornalista e/ou ao periódico e a revista".

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