ÉRICO FEITOSA REBATE DECLARAÇÃO DE NELSON JÚNIOR DE QUE TERIA RECEBIDO 'VOTOS DE PROTESTO'

Venho, pelo presente, comparecer ante aqueles que fazem o Jornal da Cariri, matutino de grande audiência em Campina Grande e região, a fim de, sucintamente, responder afirmações feitas na edição de ontem deste noticiário pelo presidente do PSOL na Paraíba, senhor Nelson Júnior, que, na ocasião, desqualificou os 5.516 votos a mim confiados nas eleições para prefeito, ocorridas no ano passado, classificando-os como "voto de protesto", por, segundo ele, não existir de minha parte um efetivo plano de governo para Campina Grande. Embora seja de nosso espírito evitar contendas infrutíferas, pelo bem da verdade, considere-se o que se segue:

1. Repudio veemente a absurda tese do senhor Nelson Júnior de que os 5.516 votos concedidos à minha candidatura possam ser classificados como voto de protesto. Esse tipo de voto é dado a candidatos considerados excêntricos e/ou folclóricos, como manifestação de insatisfação com o sistema político e desconsideração aos demais candidatos. Não foi, certamente, o caso dos sufrágios concedidos à chapa do PHS. Pelo contrário, este foi um voto esclarecido, sóbrio e consciente, de uma considerável parcela do eleitorado campinense que não aceitava a polarização entre duas candidaturas que representavam o continuísmo administrativo para a Cidade. Tal afirmação demonstra desconhecimento político por parte do presidente estadual do PSOL, bem como evidente falta de respeito pelos eleitores que não seguem sua legenda;

2. É igualmente repudiável sua afirmação de que não dispúnhamos de um programa de governo para Campina Grande. O eleitor há de recordar-se dos debates, do guia eleitoral, das sabatinas de que participamos. E há de se lembrar da participação do PSOL nestes mesmos eventos, cujos representantes, estes sim, jamais apresentaram propostas efetivas, coerentes e, sobretudo, viáveis. Aliás, pouco expuseram de propostas, limitando-se continuamente à declamação de seus mantras fundamentalistas, copiados de manuais de extrema esquerda, numa enfadonha repetição de imprecações contra o imperialismo, o capitalismo, e afins, acusações contra tudo e todos e consequente exaltação de seus nomes como verdadeiros messias socialistas. Enfim, um lenga-lenga que, há muito, nosso eleitorado rechaça com veemência, conseguindo eles apenas angariar os votos daqueles que - dignos de nosso mais profundo e democrático respeito - partilham das mesmas teses;

3. Por conseguinte, excetuando-se os votos de simpatizantes da legenda presidida no Estado pelo senhor Nelson Júnior, restou ao grupo deste, numa campanha sem qualquer proposta e com discurso mais que excêntrico, o verdadeiro destino dos votos de protesto dos campinenses, os quais, ainda assim, foram certamente poucos, porque o eleitorado desta Cidade, nem mesmo em atos de protesto costuma pactuar com discursos extremistas.

Cordialmente,

Érico Mota Feitosa
(presidente do PHS em Campina Grande)

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