A ELEMENTAR MATEMÁTICA 'DUNGUIANA'

Carlos Dunga fala em tempo, mas seu pensamento está, na verdade, nos números

A falta de crédito à candidatura do senador tucano Cícero Lucena ao Governo do Estado é tão grande que Carlos Dunga (PTB), seu suplente, já anunciou que será candidato a deputado estadual em 2010. Para tanto, seu próprio filho, o também petebista Dunga Júnior, terá que arcar com o maior prejuízo, já que é deputado estadual e precisará abrir mão de concorrer à reeleição, em favor do pai.

Em entrevista ao repórter Josusmar Barbosa, veiculada no Jornal da Cariri de hoje, o suplente preferiu evitar polêmicas, afirmando que resolveu lançar-se candidato por conta da demora na definição do cenário de seu grupo para as eleições do ano que vem. Na verdade, porém, Dunga está com a maioria que não crê no sucesso da empreitada de Cícero Lucena. Assim, "farinha pouca, meu pirão primeiro", como já filosofa o ditado, o entendimento de Carlos Dunga é claro: mais vale a Casa de Epitácio Pessoa não mão, que o Congresso voando - e voando alto. Afinal, o portador do mandato trava uma luta ferrenha, teimosa e quase solitária para ser candidato e, ainda que o consiga, vencer Zé Maranhão e Ricardo Coutinho são outros quinhentos.

Logo, a matemática "dunguiana" é simples e lógica. Dadas as circunstâncias pra lá de adversas, melhor apostar em arrumar uns 25 mil votos pra si que mais de um milhão para os outros, ainda mais quando estes outros não contam sequer com o apoio dos seus próprios companheiros. Noves fora, zero. Ponto final.

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