O DIA EM QUE A REDAÇÃO
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(QUASE) PAROU
O grande professor Fernando, doutorando das tecnologias móveis a serviço do Jornalismo, tem mesmo razão em estudar essas coisas. Tecnologias móveis, imóveis e semi-móveis (?) determinam, atualmente, a mobilidade do próprio Jornalismo.
Dia desses, na redação, estivemos realmente aflitos. Uma queda de energia deixou-nos por mais de hora às escuras e, quando voltou, uma pane não permitia acesso à internet. Como descobrir telefones, endereços e demais subsídios necessários para a apuração de informações que constarão da reportagem?
Pra mim, em geral encarregado de fazer matérias dos cafundós do Judas, fica difícil trabalhar sem o auxílio de saites como o 102 Busca, TRE e TSE e portal da Famup, que tem informações básicas sobre os 223 municípios da Paraíba.
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Enquanto esperava, fiquei imaginando a dureza de se fazer Jornalismo antes do advento da Web, o que, por sinal, não tem muito tempo. Mesmo assim, naquele momento ali na redação, tínhamos apenas um jornalista da era pré-internet, o colega Josusmar Barbosa que, penso, mal lembra dessa fase, já que se dá muito bem com os tempos modernos – exceto o hábito de digitar como se estivesse numa máquina de escrever enferrujada, o que me faz elogiar diariamente a delicadeza com que escreve. E ele morre de rir.
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Fiquei imaginando, também, o que aconteceria se a energia não voltasse. A redação em João Pessoa teria que arrumar um jeito de fazer as matérias de Campina, iam ter que chamar a turma da manhã pra ajudar a dar conta, não ia ter computador pra todo mundo.... seria o caos... E se a internet não voltasse? Como fazer descer as páginas? Outro caos...
Enquanto pensava nisso, a energia retornou e, em minutos, a internet estava normal. Pus-me a trabalhar, como um jornalista moderno inteiramente ligado e dependente das novas tecnologias.
Mas, ao longo do tempo, uma coisa não mudou no Jornalismo e não mudará, sejam quais forem os instrumentos de suporte e apuração: o trato com a notícia, a forma de repassá-la ao leitor, a capacidade de contar boas histórias. Sem isso não há bom Jornalismo.
5 Comentários
em que vc diz:
"Pois é. Quando essa concorrência chegar nas afiliadas (pobres) daqui, me avisem, e posso rever essa história de não trabalhar nas empresas de comunicação paraibanas."
Parece-me que não precisou de muito né?!?!
NUNCA DIGA DESTA AGUA NÃO BEBEREI!!!
Aguardo resposta em um próximo Post. Fica a reflexão
Morri de rir com a parte do seu texto, que vc diz, que Josusmar (Manso) não trata com tanto carinho as teclas do computador... Problema de muitos Jornalistas que ainda estão se ambientando com a modernidade.
Muito legal seu Blog.
abraços
Mesmo não sendo mister dar explicações de minha vida pessoal ou profissional, eu ia responder aqui, mas, façamos melhor... o próximo post é sobre isso....
Abração
Elane,
Manso é uma verdadeira figura, hein????
Abs
Quanto ao tópico atual... Você encerrou o texto com a mesma linha de raciocínio que eu acompanho: de nada vale um super conhecimento tecnológico, se não houver uma boa escrita, e isso você tem.
Ah, quer dizer que o senhor já frequenta a floresta tropical né???? Hum...
Também estouno aguardo do próximo post.
Mas, enquanto não sai, que tal analisarmos o último parágrafo do texto e adicionar a questão da necessidade da formação acadêmica para o exercício da função.