Fundilhos

A BUNDA E O JORNALISMO


Você já reparou na bunda da Ana Paula Padrão, Christiane Pelajo, Adriana Araújo, Rosana Jatobá, Patrícia Poeta, ou alguma outra coleguinha jornalista? Se não for daquele tipo quase tarado, provavelmente não. Ter uma boa aparência é importante na TV, mas, como o Jornalismo não é propaganda de cerveja, novela, nem programa de humor, não é mesmo o mais importante. Aí estão Serginho Groismann, Boris Casoy e Glória Maria, dentre outros, que não me deixam mentir.

Mas, cá entre nós, de uns anos para cá venho olhando à minha volta, e constatado que por aqui, nessas heróicas terras paraibanas, o “derriè” desempenha um forte papel no currículo. Sim, porque vi seleções para estagiários e mesmo profissionais terem resultados seguidamente estranhos, onde menininhas bonitinhas e “bem servidas” foram escolhidas, enquanto outros – e outras – notoriamente mais competentes, mas não tão “simpáticos” foram preteridos.

Antes que alguém se quede a achar que isso é um pleno exercício de inveja e infâmia, por ter sido eu o rejeitado, aviso logo que não estive nas ditas seleções. Para dizer a verdade, participei dessas coisas apenas duas vezes. E fui selecionado em ambas, mas não por ser a última bolacha do pacote, e sim porque (penso eu), em uma das ocasiões as entrevistas eram feitas por uma senhora e, na outra, queriam mesmo um casal, já que a emissora precisava de um macho valente para cobrir a área policial.

Por sinal, a menina que entrou comigo atendia aos requisitos “bundísticos” ora mencionados. E ficava servindo cafezinho aos entrevistados na redação.

Nada, claro, contra a beleza, nem achar que gente bonita só consegue as coisas pela cara – ou bunda. Lógico que não – até porque sou eu mesmo a prova de que é possível ser mais que apenas um rostinho lindo.

Brincadeiras à parte, o problema é quando gente que mal sabe escrever ocupa o lugar de profissionais competentes, apenas porque a libido do entrevistador falou mais alto, e a possibilidade, ainda que remota, de um “talvez” surge em sua mente doentia. Por isso, senhores diretores das nossas “grandes” empresas de comunicação da Paraíba e demais responsáveis pelas contratações, procurem lembrar do recado que se segue, tão tosco quanto verdadeiro: das belas bundas também saem merda. E muita!

2 Comentários

Taty Valéria disse…
Ô meu amigo, eu queria tanto que algumas pessoas lessem o que você escreve...
Infelizmente, é assim mesmo.
Mas tem casos que são bem piores.
Várias contemporâneas nossas da época da faculdade, estão super bem empregadas hoje, e até agora, ninguém sabe o motivo, pq são tão tapadas quanto uma porta.
É muito triste que as coisas funcionem desse jeito, e pode ter certeza que eu sou uma ferrenha opositora a esse tipo de seleção.
Mais uma bola dentro!
Grande beijo!
Léo Alves disse…
Grande Nildo é interessante esse sdeu ponto de vista. Inclusive vou pegar esse foco para escrever um post no Filhos da Pauta. Mas o que tenho notado, não sei nos outros veículos, mas em televisão tem se procurado rostinhos bonitos. A bunda não pesa muito. KKKKK. Mas o pior é que o texto parece ficar em segundo plano. Dessa forma, quem é bonito tem chance de ir bem na tevê. Até porque texto se aprende, mas beleza não se compra. É uma nova tendência (ruim) do jornalismo televisivo. Com o tempo, a qualidade das matérias vai cair. É aguardar pra ver.